
O amor é um espelho? Um reflexo inteiro ou quebrado? Fundido em pedaços desiguais? Ou apenas bolitas que navegam nas águas negras ou claras de um outro olhar?
Uma única história de amor pode possuir mais de dois rostos e continuar sendo.. única? Poeticamente sim.
Abaixo, a poesia que prometi anteriormente. Não proponho uma comparação. Proponho uma reflexão - dois olhos podem ser tão diferentes uns dos outros. O nome do poema é "Duas Meninas":
Que esse tal juízo me olhou torto
E ganhou mil pontos, pediu carnaval e aguardente
Só pra soprar na gente o que é que ele sabia
E depois três marias contar
Vai me deixar mais bonita, vai encher de fitas
Esse tal bem querer que eu vivia a sonhar
Vai deixar a marchinha tão exibida
Serão dois passos iguais a desfilar
Entre pernas a interpretar a outra
Esse vestido levanta a sorte morena
Percorrem xitas, adornos que a te ofertar
Despedem-se das velhas vigas
Enamoram as moças das flores que hoje
possuem amores dificeis de explicar
E lá se vão as dores que um dia tiveram outro nome
e já não tenho o que esperar
Uma flor de pérola foi entregue à Maria

Um comentário:
Não tinha visto ainda esse post, Ane.
Gostei, gostei! Eu sou suspeita para elogiar você, mas sempre farei questão de. =)
Te encontrei no meio de crônicas, depois vieram as poesias e se tornaram uma constância e, agora as composições... sei lá, e sobra prosa, um verso final e fim!
Beijos.
Postar um comentário